A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA ATRAVÉS DA APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA DE FRAÇÕES
Ailê Pressi
Especialista em metodologia de ensino- FACCAT
aile.pressi@bol.com.br
Ana Regina da Rocha Mohr
Faculdades Integradas de Taquara- FACCAT
Angélica Vanessa
da Silva Prado
Faculdades Integradas de Taquara-
FACCAT
Maria Angelita Barbosa
Faculdades Integradas de Taquara-
FACCAT
Pedro Zenar schein
Coordenador professor do PIBID
Resumo
expandido
O
presente estudo tem a prioridade de observar a apropriação significativa sobre
o ensino de Frações para os educandos do 6º ano do Ensino Fundamental.
Após
realizada uma sondagem com esses alunos no primeiro semestre de 2014,
verificou-se relatos desses aprendentes sobre as dificuldades encontradas nesse
assunto, apesar do mesmo ser utilizado no contexto individual e social, pois
está presente nas ações cotidianas. Por isso, procurou-se abordar o assunto
sobre Frações através de uma metodologia que facilite a construção desse
conhecimento pelos alunos por meio de materiais concretos e manipuláveis,
realizando atividades que possam contribuir para uma aprendizagem significativa.
Segundo
Freire (2003), para que se tenha um aprendizado significativo o professor deve
considerar o conhecimento prévio do aluno referente ao assunto que será
desenvolvido e também estimulá-lo a participar ativamente na aula ao introduzir
um novo conteúdo.
Optou-se
por fazer a coleta de dados (pesquisa qualitativa e quantitativa) em uma escola
pública municipal de Taquara/RS com uma turma de 26 alunos, sendo 5 meninos e 21
meninas, com idades de 11 a 13 anos. Realizou-se alguns procedimentos para a
coleta de dados conforme descreve-se a seguir.
Em
parceria com as crianças definiu-se o tema e como o mesmo seria desenvolvido, procurando
aceitar sugestões de aplicações com objetivos relacionados ao conteúdo e à
realidade dos discentes em questão, considerando seus conhecimentos prévios
sobre Frações. “Aprender e ensinar frações pode ser muito simples, desde que
não façamos algo mecânico e sim algo pensado” (SILVA, 1997, p. 210).
Iniciou-se com uma dinâmica grupal, cujo objetivo seria o de compartilhar
um presente entre todos, criando juntos os primeiros significados concretos
sobre Frações. Logo após, fez-se um breve histórico do surgimento e a utilidade
desse conteúdo no cotidiano e sucessivamente um circuito de atividades
diversificadas de acordo com o planejamento criado pelos docentes do PIBID/MATEMÁTICA/FACCAT.
Conforme
Libâneo (1994, p. 226), “o planejamento escolar é uma atividade que orienta a
tomada de decisões dos professores em relação às situações docentes de ensino e
aprendizagem, tendo em vista alcançar os melhores resultados possíveis.”
O
professor deve ser um colaborador e orientador ou seja realizar um trabalho
coletivo em sala, resultando com isso muitos benefícios, como trabalhar valores,
além da sua disciplina em questão.
Isso
porque “o papel do educador está em orientar e mediar situações de aprendizagem
para que ocorra a comunidade de alunos e idéias, o compartilhamento e a
aprendizagem colaborativa para que aconteça a apropriação que vai do social ao
individual” […] (FARIA, 2004, p.58).
Planejamento
de atividades realizadas pelos pibidianos:
1ª atividade.
Usando uma folha de ofício, criar tiras através
de dobraduras, analisando o conceito de equivalência e
comparando as frações. Recortar um meio, um terço, um quarto e assim
sucessivamente.
2ª atividade.
1º) Explicar que a atividade será
realizada através de dobraduras e pinturas.
2º) Distribuir folhas de ofício cortadas
pela metade ficando 5 partes para cada aluno.
3º) Em uma folha representar 1 inteiro.
4º) Nas outras folhas representar 1
meio, 1 terço, 1 quarto e 1 sexto.
5º) Fazer relação com frações
diferentes entre si.
6º) Desenvolver cálculos usando as 4
operações de frações com denominadores iguais e diferentes.
3ª atividade.
Tudo vira pizza
Foi utilizado 15 pratos
contendo o modelo de pizzas divididas em quatro, oito e doze partes iguais.
Fichas com frações: cerca
de 60 pedaços de pizzas de diferentes tamanhos de 1/4, 1/8 e 1/12.
Os alunos deverão ir
pegando as peças e ir montando sua pizza ou trocar por peças equivalentes.
Através de diversas observações em sala de
aula, pode-se notar que uma das grandes dificuldades de trabalhar com frações
no 6º ano é o fato de que os alunos não percebem um racional representado por
fração como um número. Muitas vezes consideram isoladamente o numerador e o
denominador, o que mostra a dificuldade de apropriação desse conceito.
Constatou-se
através dos dados obtidos nessa pesquisa que os discentes em questão se
apropriaram dos conhecimentos mediados pelos pibidianos, denotando a
importância do PIBID na prática em sala de aula.
Assim
é possível afirmar que o PIBID é um programa que auxilia na formação do
acadêmico/pesquisador promovendo a tomada de consciência de que é necessário
planejar as aulas, utilizar material manipulativo para instigar os alunos à
construção do conhecimento e desenvolver competências e habilidades que esse
acadêmico/pesquisador só observa quando coloca em prática as ações propostas
pelo PIBID (SCHEIN, 2013, p. 130).
A maior
constatação a qual chegou-se é sobre o fato de que a metodologia de ensino da matemática
precisa mudar. É preciso modificar o modo do professor agir em sala de aula,
enquanto docentes, terminando de vez com o processo de ensino mecânico de
Frações, qualificando a educação a partir de uma base que norteie práticas
significativas e, portanto, acabem por mobilizar o desejo dos alunos, ou seja,
a necessidade de assimilar os conteúdos durante os desafios propostos.
Palavras-chaves:
Ensino de Frações; PIBID; Aprendizagem.
Referências
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
27.ed. São PAULO: Paz e Terra, 2003
LARA, I. C. M. de. Jogando com a matemática de 5ª a 8ª série. São Paulo; Rêspel, 2003.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
SCHEIN, Z. P. A formação do professor de
Licenciatura de Matemática que integra o PIBID. In: REINHEIMER, D. N. et.
al. PIBID/FACCAT: práticas inovadoras na
formação de professores e integração escola/IES:História/Letras/Matemática/Pedagogia.
São Leopoldo: Oikos, 2013, p. 124-131.
SILVA, M. J. F. da. Sobre a introdução do conceito de números fracionários. 1997. 245f.
Dissertação (Mestrado em Ensino de Matemática) - Pontifícia Universidade
Católica, São Paulo, 1997. Disponível em <http:// www.pucsp.br/pos/edmat/ma/SILVA.
Acesso em 20/05/2014.
FARIA, Elaine Turk. O professor e as novas tecnologias. In; Enricone, Délcia (org).
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